segunda-feira, 31 de maio de 2010

Origem da Ciência

Olá pessoal, Meu nome é Simone Dias.

Pode-se afirmar que o nascimento da ciência deu-se com as primeiras observações dos homens primitivos, antes mesmo que fosse inventada a escrita.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A Ciência em nossas vidas.
Com certeza, a nossa vida sem a Ciência seria bem difícil. Por outro lado sem as invenções tecnológicas o meio ambiente estaria preservado de tanta poluição.
A Ciência trouxe muitos benefícios para o homem, inventou-se o celular que hoje é peça fundamental em nossas vidas, sem falar no computador, internet, o controle remoto, as indústrias que substituiu a máquina humana pela máquina computadorizada essa indústrias hoje produz, mais do que antes. Mas também trouxe malefício para ao próprio homem, o trabalho que ele exercia em uma empresa, hoje é feito pela máquina, às pessoas que não sabem utilizar o computador não tem como trabalhar nem mesmo no boteco da esquina.
Porém a Ciência é algo fenomenal, que nos ajuda a viver melhor e com saúde, pois foi graças a Ciência que hoje está radicalizado a paralisia infantil, para ser mais atual vou citar a influenza A, famosa H1N1(a gripe suína) há 1 ano atrás esta gripe estava matando e aterrorizando muita gente e em todo o País, ai veio a Sra. Ciência e elaborou a vacina contra a gripe suína. Portanto não tem como dizer que a vida sem a ciência seria possível.
Já para a natureza, as invenções tecnológicas, não são tão benéficas, pois a cada invenção gera detritos que muitas vezes não são recicláveis e por esse motivo, demos o aquecimento global, o clima que está “louco” hora é sol, hora é chuva.
E o ser humano que se diz ser um animal racional, muitas vezes não contribui para ajudar aquela que nos sustenta em vez de plantar árvores ele está cortando, em vez de reciclar seus detritos ele joga os nos rios, poluindo a única fonte de vida potável que ele tem.
Portanto, é complicado dizer se a vida sem a Ciência em pleno século XXI seria possível, pois já estamos habituados com as mordomias que ela nos deu, mas não seria impossível uma vez que os grandes filósofos e cientistas, heróis da historia, viveram em uma época que os meios de se locomover era restrito apenas a cavalos e pernas.
Vilmara M Carmo
2º período de direito

Avida sem a ciência

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Boa noite a todos,
meu nome è Jovair estou participando pela primeira vez em um blog,
moro em BH .Para min o curso de direito visa todos os angulos da sociedade.
nome: Jovair otaviano
Questão 1
Origem da ciência?

É primordial que a Origem da ciência venha da capacidade de raciocinio do homem e em sua disposição natural para observar.Em busca do conhecimento os seres humanos ao longo dos tempos se empenham em desvendar os mistérios do Universo. Aprofundando-se nas teorias,formúlas e técnicas.Alcançando explicações e aprendendo os mecanismos do mundo. Oque pode se chamar ciência nada mais é que um meio encontrado pelos homens de explicar sobre suas descobertas e tentativas de desvendar oque ainda não conseguem entender.
A necessidade de dominar o conhecimento fez com que o homem buscasse respostas Míticas e religiosas que não respondiam a curiosidade natural de todos os seres humanos,dando origem a conflitos ideológicos entre Razão e Fé.
Podemos observar claramente até os dias de hoje os debates entre ciência e Religião ou ciência e ética.Podemos concluir então que a Ciência se origina no pensamento pela busca de Conhecimento do Ser Humano sobre o Universo.

• Galileu

O que acaba de se referir contribuiu para o aparecimento de uma nova ciência, mas o seu fundador, como começou por se assinalar, foi Galileu.

Há três tipos de razões que fizeram de Galileu o pai de uma nova forma de encarar a natureza: em primeiro lugar, deu autonomia à ciência, fazendo-a sair da sombra da teologia e da autoridade livresca da tradição aristotélica; em segundo lugar, aplicou pela primeira vez o novo método, o método experimental, defendendo-o como o meio adequado para chegar ao conhecimento; finalmente, deu à ciência uma nova linguagem, que é a linguagem do rigor, a linguagem matemática.

Ao dar autonomia à ciência, Galileu fê-la verdadeiramente nascer. Embora na altura se lhe chamasse «filosofia da natureza», era a ciência moderna que estava a dar os seus primeiros passos. Antes disso, a ciência ainda não era ciência, mas sim teologia ou até metafísica.

E não foi fácil a Galileu quebrar essa dependência, tendo que se defender, após a publicação do seu livro Diálogo dos Grandes Sistemas, das acusações de pôr em causa o que a Bíblia dizia.
''Posto isto, parece-me que nas discussões respeitantes aos problemas da natureza, não se deve começar por invocar a autoridade de passagens das Escrituras; é preciso, em primeiro lugar, recorrer à experiência dos sentidos e a demonstrações necessárias. Com efeito, a Sagrada Escritura e a natureza procedem igualmente do Verbo divino, sendo aquela ditada pelo Espírito Santo, e esta, uma executora perfeitamente fiel das ordens de Deus. Ora, para se adaptarem às possibilidades de compreensão do maior número possível de homens, as Escrituras dizem coisas que diferem da verdade absoluta, quer na sua expressão, quer no sentido literal dos termos; a natureza, pelo contrário, conforma-se inexorável e imutavelmente às leis que lhe foram impostas, sem nunca ultrapassar os seus limites e sem se preocupar em saber se as suas razões ocultas e modos de operar estão dentro das capacidades de compreensão humana. Daqui resulta que os efeitos naturais e a experiência sensível que se oferece aos nossos olhos, bem como as demonstrações necessárias que daí retiramos não devem, de maneira nenhuma, ser postas em dúvida, nem condenadas em nome de passagens da Escritura, mesmo quando o sentido literal parece contradizê-las''.
(Galileu, Carta a Cristina de Lorena)

Foi também Galileu quem, na linha de Bacon, utilizou pela primeira vez o método experimental, o que lhe permitiu chegar a resultados completamente diferentes daqueles que se podiam encontrar na ciência tradicional. A ciência não poderia mais construir-se e desenvolver-se tendo por base a interpretação dos textos sagrados; mas também não o poderia fazer por simples dedução lógica a partir de dogmas teológicos:
''Ao cientista só se deve exigir que prove o que afirma. (...) Nas disputas dos problemas das ciências naturais, não se deve começar pela autoridade dos textos bíblicos, mas sim pelas experiências sensatas e pelas demonstrações indispensáveis''.
Galileu, Audiência com o Papa Urbano VIII.


A descrição matemática da realidade, característica da ciência moderna, trouxe consigo uma ideia importante: conhecer é medir ou quantificar. Nesse caso, os aspectos qualitativos não poderiam ser conhecidos. Também as causas primeiras e os fins últimos aristotélicos, pelos quais todas as coisas se explicavam, deixaram de pertencer ao domínio da ciência. Com Galileu a ciência aprende a avançar em pequenos passos, explicando coisas simples e avançando do mais simples para o mais complexo. Em lugar de procurar explicações muito abrangentes, procurava explicar fenómenos simples. Em vez de tentar explicar de forma muito geral o movimento dos corpos, procurava estudar-lhe as suas propriedades mais modestas. E foi assim, com pequenos passos, que a ciência alcançou o tipo de explicações extremamente abrangentes que temos hoje. Inicialmente, parecia que a ciência estava mais interessada em explicar o «como» das coisas do que o seu «porquê»; por exemplo, parecia que os resultados de Galileu quanto ao movimento dos corpos se limitava a explicar o modo como os corpos caem e não a razão pela qual caem; mas, com a continuação da investigação, este tipo de explicações parcelares acabaram por se revelar fundamentais para se alcançar explicações abrangentes e gerais do porquê das coisas — só que agora estas explicações gerais estão solidamente ancoradas na observação e na medição paciente, assim como na descrição pormenorizada de fenómenos mais simples.

O mecanicismo: Descartes
Ocriador do método cartesiano propos 4 regras básicas:
O Primeiro evidenciar: O objeto deve ser exposto com claresa e evidência.
Segundo Decompor: Deve-se dividir em tantas partes quanto forem necessárias.
Em Terceiro: Ordenar: Deve partir-se dos problemas mais simples aos mais complexos.
Em quarto revisar: Fazer verificações para certificar-se de que nada esteja errado.
Descartes: '' Penso,Logo Existo!
"
A ciência galilaica lançou as bases para uma nova concepção da natureza que iria ser largamente aceite e desenvolvida: o mecanicismo.

À maneira de uma máquina, o mundo era composto de peças ligadas entre si que funcionavam de forma regular e poderiam ser reduzidas às leis da mecânica. Uma vez conhecido o funcionamento das suas peças, tal conhecimento é absolutamente perfeito, embora limitado. Um ser persistente e inteligente pode conhecer o funcionamento de uma máquina tão bem como o seu próprio construtor e sem ter que o consultar a esse respeito.

O filósofo Descartes ,chegou a escrever o seguinte:

Eu não sei de nenhuma diferença entre as máquinas que os artesãos fazem e os diversos corpos que a natureza por si só compõe, a não ser esta: que os efeitos das máquinas não dependem de mais nada a não ser da disposição de certos tubos, que devendo ter alguma relação com as mãos daqueles que os fazem, são sempre tão grandes que as suas figuras e movimentos se podem ver, ao passo que os tubos ou molas que causam os efeitos dos corpos naturais são ordinariamente demasiado pequenos para poderem ser percepcionados pelos nossos sentidos. Por exemplo, quando um relógio marca as horas por meio das rodas de que está feito, isso não lhe é menos natural do que uma árvore a produzir os seus frutos.
Descartes, Princípios da Filosofia

Dado que o mecanicismo é uma forma de reducionismo, não é de admirar que o principal objectivo de Descartes tenha sido o de unificar as diferentes ciências como se de uma só se tratasse, de modo a constituir um saber universal. Não via mesmo qualquer motivo para que se estudasse cada uma das ciências em separado, visto que a razão em que se apoia o estudo de uma ciência é a mesma que está presente no estudo de qualquer outra:
Todas as ciências não são mais do que sabedoria humana, que permanece sempre una e sempre a mesma, por mais diferentes que sejam os objectos aos quais ela se aplica, e que não sofre nenhumas alterações por parte desses objectos, da mesma forma que a luz do Sol não sofre nenhumas modificações por parte das variadíssimas coisas que ilumina.
Descartes, Regras para a Direcção do Espírito
_____________________________________________________________
Observações Finais:

Vale a pena salientar duas importantes diferenças em relação a Galileu.
A primeira é a do papel que Descartes atribuiu à experiência. Se o método experimental de Galileu parte da observação sensível, o mesmo já não acontece com Descartes, cujo ponto de partida é o pensamento, acarretando com isso uma diferença de método. Não é que, para Descartes, a experiência não tenha qualquer papel, mas este é apenas complementar em relação à razão. Reforça-se, todavia, a importância da matemática.

A segunda diferença diz respeito ao lugar da metafísica. Enquanto Galileu se demarcou claramente de qualquer pressuposto metafísico, Descartes achava que a metafísica era o fundamento de todo o conhecimento verdadeiro. Mas se Descartes via em Deus o fundamento do conhecimento, não achava necessário, todavia, fazer intervir a metafísica na investigação e descrição dos fenómenos naturais.

O universo era, portanto, um conjunto de corpos ligados entre si e regidos por leis rígidas. Massa, posição e extensão, eis os únicos atributos da matéria. No funcionamento da grande máquina do universo não havia, pois, lugar para qualquer outra força exterior ou divina. E, como qualquer máquina, o movimento é o seu estado natural. Por isso o mecanicismo apresentava uma concepção dinâmica do universo e não estática como pensavam os antigos...
Assim Galileu e Descartes foram os principais pilares da Ciência Moderna,não esquecendo-se também de Bacon.
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Questão 3
Trexo para discussão no Debate -
É primordial que a Origem da ciência venha da capacidade de raciocinio do homem e em sua disposição natural para observar.Em busca do conhecimento os seres humanos ao longo dos tempos se empenham em desvendar os mistérios do Universo. Aprofundando-se nas teorias,formúlas e técnicas.Alcançando explicações e aprendendo os mecanismos do mundo. Oque pode se chamar ciência nada mais é que um meio encontrado pelos homens de explicar sobre suas descobertas e tentativas de desvendar oque ainda não conseguem entender.
A necessidade de dominar o conhecimento fez com que o homem buscasse respostas Míticas e religiosas que não respondiam a curiosidade natural de todos os seres humanos,dando origem a conflitos ideológicos entre Razão e Fé.
Podemos observar claramente até os dias de hoje os debates entre ciência e Religião ou ciência e ética.Podemos concluir então que a Ciência se origina no pensamento pela busca de Conhecimento do Ser Humano sobre o Universo.
Nome:Jovair Otaviano Ferreira Junior


Questão 1
Origem da ciência?

É primordial que a Origem da ciência venha da capacidade de raciocinio do homem e em sua disposição natural para observar.Em busca do conhecimento os seres humanos ao longo dos tempos se empenham em desvendar os mistérios do Universo. Aprofundando-se nas teorias,formúlas e técnicas.Alcançando explicações e aprendendo os mecanismos do mundo. Oque pode se chamar ciência nada mais é que um meio encontrado pelos homens de explicar sobre suas descobertas e tentativas de desvendar oque ainda não conseguem entender.
A necessidade de dominar o conhecimento fez com que o homem buscasse respostas Míticas e religiosas que não respondiam a curiosidade natural de todos os seres humanos,dando origem a conflitos ideológicos entre Razão e Fé.
Podemos observar claramente até os dias de hoje os debates entre ciência e Religião ou ciência e ética.Podemos concluir então que a Ciência se origina no pensamento pela busca de Conhecimento do Ser Humano sobre o Universo.

• Galileu

O que acaba de se referir contribuiu para o aparecimento de uma nova ciência, mas o seu fundador, como começou por se assinalar, foi Galileu.

Há três tipos de razões que fizeram de Galileu o pai de uma nova forma de encarar a natureza: em primeiro lugar, deu autonomia à ciência, fazendo-a sair da sombra da teologia e da autoridade livresca da tradição aristotélica; em segundo lugar, aplicou pela primeira vez o novo método, o método experimental, defendendo-o como o meio adequado para chegar ao conhecimento; finalmente, deu à ciência uma nova linguagem, que é a linguagem do rigor, a linguagem matemática.

Ao dar autonomia à ciência, Galileu fê-la verdadeiramente nascer. Embora na altura se lhe chamasse «filosofia da natureza», era a ciência moderna que estava a dar os seus primeiros passos. Antes disso, a ciência ainda não era ciência, mas sim teologia ou até metafísica.

E não foi fácil a Galileu quebrar essa dependência, tendo que se defender, após a publicação do seu livro Diálogo dos Grandes Sistemas, das acusações de pôr em causa o que a Bíblia dizia.
''Posto isto, parece-me que nas discussões respeitantes aos problemas da natureza, não se deve começar por invocar a autoridade de passagens das Escrituras; é preciso, em primeiro lugar, recorrer à experiência dos sentidos e a demonstrações necessárias. Com efeito, a Sagrada Escritura e a natureza procedem igualmente do Verbo divino, sendo aquela ditada pelo Espírito Santo, e esta, uma executora perfeitamente fiel das ordens de Deus. Ora, para se adaptarem às possibilidades de compreensão do maior número possível de homens, as Escrituras dizem coisas que diferem da verdade absoluta, quer na sua expressão, quer no sentido literal dos termos; a natureza, pelo contrário, conforma-se inexorável e imutavelmente às leis que lhe foram impostas, sem nunca ultrapassar os seus limites e sem se preocupar em saber se as suas razões ocultas e modos de operar estão dentro das capacidades de compreensão humana. Daqui resulta que os efeitos naturais e a experiência sensível que se oferece aos nossos olhos, bem como as demonstrações necessárias que daí retiramos não devem, de maneira nenhuma, ser postas em dúvida, nem condenadas em nome de passagens da Escritura, mesmo quando o sentido literal parece contradizê-las''.
(Galileu, Carta a Cristina de Lorena)

Foi também Galileu quem, na linha de Bacon, utilizou pela primeira vez o método experimental, o que lhe permitiu chegar a resultados completamente diferentes daqueles que se podiam encontrar na ciência tradicional. A ciência não poderia mais construir-se e desenvolver-se tendo por base a interpretação dos textos sagrados; mas também não o poderia fazer por simples dedução lógica a partir de dogmas teológicos:
''Ao cientista só se deve exigir que prove o que afirma. (...) Nas disputas dos problemas das ciências naturais, não se deve começar pela autoridade dos textos bíblicos, mas sim pelas experiências sensatas e pelas demonstrações indispensáveis''.
Galileu, Audiência com o Papa Urbano VIII.


A descrição matemática da realidade, característica da ciência moderna, trouxe consigo uma ideia importante: conhecer é medir ou quantificar. Nesse caso, os aspectos qualitativos não poderiam ser conhecidos. Também as causas primeiras e os fins últimos aristotélicos, pelos quais todas as coisas se explicavam, deixaram de pertencer ao domínio da ciência. Com Galileu a ciência aprende a avançar em pequenos passos, explicando coisas simples e avançando do mais simples para o mais complexo. Em lugar de procurar explicações muito abrangentes, procurava explicar fenómenos simples. Em vez de tentar explicar de forma muito geral o movimento dos corpos, procurava estudar-lhe as suas propriedades mais modestas. E foi assim, com pequenos passos, que a ciência alcançou o tipo de explicações extremamente abrangentes que temos hoje. Inicialmente, parecia que a ciência estava mais interessada em explicar o «como» das coisas do que o seu «porquê»; por exemplo, parecia que os resultados de Galileu quanto ao movimento dos corpos se limitava a explicar o modo como os corpos caem e não a razão pela qual caem; mas, com a continuação da investigação, este tipo de explicações parcelares acabaram por se revelar fundamentais para se alcançar explicações abrangentes e gerais do porquê das coisas — só que agora estas explicações gerais estão solidamente ancoradas na observação e na medição paciente, assim como na descrição pormenorizada de fenómenos mais simples.

O mecanicismo: Descartes
Ocriador do método cartesiano propos 4 regras básicas:
O Primeiro evidenciar: O objeto deve ser exposto com claresa e evidência.
Segundo Decompor: Deve-se dividir em tantas partes quanto forem necessárias.
Em Terceiro: Ordenar: Deve partir-se dos problemas mais simples aos mais complexos.
Em quarto revisar: Fazer verificações para certificar-se de que nada esteja errado.
Descartes: '' Penso,Logo Existo!
"
A ciência galilaica lançou as bases para uma nova concepção da natureza que iria ser largamente aceite e desenvolvida: o mecanicismo.

À maneira de uma máquina, o mundo era composto de peças ligadas entre si que funcionavam de forma regular e poderiam ser reduzidas às leis da mecânica. Uma vez conhecido o funcionamento das suas peças, tal conhecimento é absolutamente perfeito, embora limitado. Um ser persistente e inteligente pode conhecer o funcionamento de uma máquina tão bem como o seu próprio construtor e sem ter que o consultar a esse respeito.

O filósofo Descartes ,chegou a escrever o seguinte:

Eu não sei de nenhuma diferença entre as máquinas que os artesãos fazem e os diversos corpos que a natureza por si só compõe, a não ser esta: que os efeitos das máquinas não dependem de mais nada a não ser da disposição de certos tubos, que devendo ter alguma relação com as mãos daqueles que os fazem, são sempre tão grandes que as suas figuras e movimentos se podem ver, ao passo que os tubos ou molas que causam os efeitos dos corpos naturais são ordinariamente demasiado pequenos para poderem ser percepcionados pelos nossos sentidos. Por exemplo, quando um relógio marca as horas por meio das rodas de que está feito, isso não lhe é menos natural do que uma árvore a produzir os seus frutos.
Descartes, Princípios da Filosofia

Dado que o mecanicismo é uma forma de reducionismo, não é de admirar que o principal objectivo de Descartes tenha sido o de unificar as diferentes ciências como se de uma só se tratasse, de modo a constituir um saber universal. Não via mesmo qualquer motivo para que se estudasse cada uma das ciências em separado, visto que a razão em que se apoia o estudo de uma ciência é a mesma que está presente no estudo de qualquer outra:
Todas as ciências não são mais do que sabedoria humana, que permanece sempre una e sempre a mesma, por mais diferentes que sejam os objectos aos quais ela se aplica, e que não sofre nenhumas alterações por parte desses objectos, da mesma forma que a luz do Sol não sofre nenhumas modificações por parte das variadíssimas coisas que ilumina.
Descartes, Regras para a Direcção do Espírito
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Observações Finais:

Vale a pena salientar duas importantes diferenças em relação a Galileu.
A primeira é a do papel que Descartes atribuiu à experiência. Se o método experimental de Galileu parte da observação sensível, o mesmo já não acontece com Descartes, cujo ponto de partida é o pensamento, acarretando com isso uma diferença de método. Não é que, para Descartes, a experiência não tenha qualquer papel, mas este é apenas complementar em relação à razão. Reforça-se, todavia, a importância da matemática.

A segunda diferença diz respeito ao lugar da metafísica. Enquanto Galileu se demarcou claramente de qualquer pressuposto metafísico, Descartes achava que a metafísica era o fundamento de todo o conhecimento verdadeiro. Mas se Descartes via em Deus o fundamento do conhecimento, não achava necessário, todavia, fazer intervir a metafísica na investigação e descrição dos fenómenos naturais.

O universo era, portanto, um conjunto de corpos ligados entre si e regidos por leis rígidas. Massa, posição e extensão, eis os únicos atributos da matéria. No funcionamento da grande máquina do universo não havia, pois, lugar para qualquer outra força exterior ou divina. E, como qualquer máquina, o movimento é o seu estado natural. Por isso o mecanicismo apresentava uma concepção dinâmica do universo e não estática como pensavam os antigos...
Assim Galileu e Descartes foram os principais pilares da Ciência Moderna,não esquecendo-se também de Bacon.
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Questão 1
Origem da ciência?

É primordial que a Origem da ciência venha da capacidade de raciocinio do homem e em sua disposição natural para observar.Em busca do conhecimento os seres humanos ao longo dos tempos se empenham em desvendar os mistérios do Universo. Aprofundando-se nas teorias,formúlas e técnicas.Alcançando explicações e aprendendo os mecanismos do mundo. Oque pode se chamar ciência nada mais é que um meio encontrado pelos homens de explicar sobre suas descobertas e tentativas de desvendar oque ainda não conseguem entender.
A necessidade de dominar o conhecimento fez com que o homem buscasse respostas Míticas e religiosas que não respondiam a curiosidade natural de todos os seres humanos,dando origem a conflitos ideológicos entre Razão e Fé.
Podemos observar claramente até os dias de hoje os debates entre ciência e Religião ou ciência e ética.Podemos concluir então que a Ciência se origina no pensamento pela busca de Conhecimento do Ser Humano sobre o Universo.

• Galileu

O que acaba de se referir contribuiu para o aparecimento de uma nova ciência, mas o seu fundador, como começou por se assinalar, foi Galileu.

Há três tipos de razões que fizeram de Galileu o pai de uma nova forma de encarar a natureza: em primeiro lugar, deu autonomia à ciência, fazendo-a sair da sombra da teologia e da autoridade livresca da tradição aristotélica; em segundo lugar, aplicou pela primeira vez o novo método, o método experimental, defendendo-o como o meio adequado para chegar ao conhecimento; finalmente, deu à ciência uma nova linguagem, que é a linguagem do rigor, a linguagem matemática.

Ao dar autonomia à ciência, Galileu fê-la verdadeiramente nascer. Embora na altura se lhe chamasse «filosofia da natureza», era a ciência moderna que estava a dar os seus primeiros passos. Antes disso, a ciência ainda não era ciência, mas sim teologia ou até metafísica.

E não foi fácil a Galileu quebrar essa dependência, tendo que se defender, após a publicação do seu livro Diálogo dos Grandes Sistemas, das acusações de pôr em causa o que a Bíblia dizia.
''Posto isto, parece-me que nas discussões respeitantes aos problemas da natureza, não se deve começar por invocar a autoridade de passagens das Escrituras; é preciso, em primeiro lugar, recorrer à experiência dos sentidos e a demonstrações necessárias. Com efeito, a Sagrada Escritura e a natureza procedem igualmente do Verbo divino, sendo aquela ditada pelo Espírito Santo, e esta, uma executora perfeitamente fiel das ordens de Deus. Ora, para se adaptarem às possibilidades de compreensão do maior número possível de homens, as Escrituras dizem coisas que diferem da verdade absoluta, quer na sua expressão, quer no sentido literal dos termos; a natureza, pelo contrário, conforma-se inexorável e imutavelmente às leis que lhe foram impostas, sem nunca ultrapassar os seus limites e sem se preocupar em saber se as suas razões ocultas e modos de operar estão dentro das capacidades de compreensão humana. Daqui resulta que os efeitos naturais e a experiência sensível que se oferece aos nossos olhos, bem como as demonstrações necessárias que daí retiramos não devem, de maneira nenhuma, ser postas em dúvida, nem condenadas em nome de passagens da Escritura, mesmo quando o sentido literal parece contradizê-las''.
(Galileu, Carta a Cristina de Lorena)

Foi também Galileu quem, na linha de Bacon, utilizou pela primeira vez o método experimental, o que lhe permitiu chegar a resultados completamente diferentes daqueles que se podiam encontrar na ciência tradicional. A ciência não poderia mais construir-se e desenvolver-se tendo por base a interpretação dos textos sagrados; mas também não o poderia fazer por simples dedução lógica a partir de dogmas teológicos:
''Ao cientista só se deve exigir que prove o que afirma. (...) Nas disputas dos problemas das ciências naturais, não se deve começar pela autoridade dos textos bíblicos, mas sim pelas experiências sensatas e pelas demonstrações indispensáveis''.
Galileu, Audiência com o Papa Urbano VIII.


A descrição matemática da realidade, característica da ciência moderna, trouxe consigo uma ideia importante: conhecer é medir ou quantificar. Nesse caso, os aspectos qualitativos não poderiam ser conhecidos. Também as causas primeiras e os fins últimos aristotélicos, pelos quais todas as coisas se explicavam, deixaram de pertencer ao domínio da ciência. Com Galileu a ciência aprende a avançar em pequenos passos, explicando coisas simples e avançando do mais simples para o mais complexo. Em lugar de procurar explicações muito abrangentes, procurava explicar fenómenos simples. Em vez de tentar explicar de forma muito geral o movimento dos corpos, procurava estudar-lhe as suas propriedades mais modestas. E foi assim, com pequenos passos, que a ciência alcançou o tipo de explicações extremamente abrangentes que temos hoje. Inicialmente, parecia que a ciência estava mais interessada em explicar o «como» das coisas do que o seu «porquê»; por exemplo, parecia que os resultados de Galileu quanto ao movimento dos corpos se limitava a explicar o modo como os corpos caem e não a razão pela qual caem; mas, com a continuação da investigação, este tipo de explicações parcelares acabaram por se revelar fundamentais para se alcançar explicações abrangentes e gerais do porquê das coisas — só que agora estas explicações gerais estão solidamente ancoradas na observação e na medição paciente, assim como na descrição pormenorizada de fenómenos mais simples.

O mecanicismo: Descartes
Ocriador do método cartesiano propos 4 regras básicas:
O Primeiro evidenciar: O objeto deve ser exposto com claresa e evidência.
Segundo Decompor: Deve-se dividir em tantas partes quanto forem necessárias.
Em Terceiro: Ordenar: Deve partir-se dos problemas mais simples aos mais complexos.
Em quarto revisar: Fazer verificações para certificar-se de que nada esteja errado.
Descartes: '' Penso,Logo Existo!
"
A ciência galilaica lançou as bases para uma nova concepção da natureza que iria ser largamente aceite e desenvolvida: o mecanicismo.

À maneira de uma máquina, o mundo era composto de peças ligadas entre si que funcionavam de forma regular e poderiam ser reduzidas às leis da mecânica. Uma vez conhecido o funcionamento das suas peças, tal conhecimento é absolutamente perfeito, embora limitado. Um ser persistente e inteligente pode conhecer o funcionamento de uma máquina tão bem como o seu próprio construtor e sem ter que o consultar a esse respeito.

O filósofo Descartes ,chegou a escrever o seguinte:

Eu não sei de nenhuma diferença entre as máquinas que os artesãos fazem e os diversos corpos que a natureza por si só compõe, a não ser esta: que os efeitos das máquinas não dependem de mais nada a não ser da disposição de certos tubos, que devendo ter alguma relação com as mãos daqueles que os fazem, são sempre tão grandes que as suas figuras e movimentos se podem ver, ao passo que os tubos ou molas que causam os efeitos dos corpos naturais são ordinariamente demasiado pequenos para poderem ser percepcionados pelos nossos sentidos. Por exemplo, quando um relógio marca as horas por meio das rodas de que está feito, isso não lhe é menos natural do que uma árvore a produzir os seus frutos.
Descartes, Princípios da Filosofia

Dado que o mecanicismo é uma forma de reducionismo, não é de admirar que o principal objectivo de Descartes tenha sido o de unificar as diferentes ciências como se de uma só se tratasse, de modo a constituir um saber universal. Não via mesmo qualquer motivo para que se estudasse cada uma das ciências em separado, visto que a razão em que se apoia o estudo de uma ciência é a mesma que está presente no estudo de qualquer outra:
Todas as ciências não são mais do que sabedoria humana, que permanece sempre una e sempre a mesma, por mais diferentes que sejam os objectos aos quais ela se aplica, e que não sofre nenhumas alterações por parte desses objectos, da mesma forma que a luz do Sol não sofre nenhumas modificações por parte das variadíssimas coisas que ilumina.
Descartes, Regras para a Direcção do Espírito
_____________________________________________________________
Observações Finais:

Vale a pena salientar duas importantes diferenças em relação a Galileu.
A primeira é a do papel que Descartes atribuiu à experiência. Se o método experimental de Galileu parte da observação sensível, o mesmo já não acontece com Descartes, cujo ponto de partida é o pensamento, acarretando com isso uma diferença de método. Não é que, para Descartes, a experiência não tenha qualquer papel, mas este é apenas complementar em relação à razão. Reforça-se, todavia, a importância da matemática.

A segunda diferença diz respeito ao lugar da metafísica. Enquanto Galileu se demarcou claramente de qualquer pressuposto metafísico, Descartes achava que a metafísica era o fundamento de todo o conhecimento verdadeiro. Mas se Descartes via em Deus o fundamento do conhecimento, não achava necessário, todavia, fazer intervir a metafísica na investigação e descrição dos fenómenos naturais.

O universo era, portanto, um conjunto de corpos ligados entre si e regidos por leis rígidas. Massa, posição e extensão, eis os únicos atributos da matéria. No funcionamento da grande máquina do universo não havia, pois, lugar para qualquer outra força exterior ou divina. E, como qualquer máquina, o movimento é o seu estado natural. Por isso o mecanicismo apresentava uma concepção dinâmica do universo e não estática como pensavam os antigos...
Assim Galileu e Descartes foram os principais pilares da Ciência Moderna,não esquecendo-se também de Bacon.
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Oi pessoal tudo bem? Eu sou paulo José.

Sobre a origem da ciência moderna, observei que "Galileu e Descartes" em muito contribuiram com as suas teorias como a matematização e quantificação da matéria associadas as grandes invenções ora conquistadas como o microscópio,barômetro,termômetro e a maior delas consideradas pela comunidade científica da época,"o TELESCÓPIO".

Sobre o impácto causado na transição para a modernidade,fica evidente a exatidão das respostas que passamos a obter no nosso dia a dia como a medição da pressão atmosférica(Barômetro),graus de febre de um enfermo(termômetro), visualização de micro organismos(Microscópio) e o tamanho exato dos astros(telescópio).

Escapamos assim das especulações do senso comum para a exatidão da ciência moderna.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Meu nome é Roberto Celestino de Souza Ferreira, sou casado e estou muito contente de estar fazendo o curso de Direito, que sempre foi meu sonho.Abaixo escrevo uma mensagem que gostaria que todos lessem e refletissem.
"Há pessoas que sofrem com coisas insignificantes. Ficam deprimidas e lamentam muito quando são esquecidas. Sofrem com as vitórias e sucessos dos outros. Vivem se comparando com os outros. Outros sofrem de forma desesperada quando foram roubados ou vieram a perder algum bem material. Outros ficam de péssimo humor quando não conseguiram, quando não vieram a realizar certos projetos muito pessoais e sem muita importância objetiva. Quanto mais egoístas e mais centrados sobre si mesmos, mais sofreremos. O homem despojado, simples, voltado para os outros, experimenta bem menos contrariedades".

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Olá pessoal tudo bem?

Eu sou o Paulo José,é Também a minha primeira participação em um blog, moro próximo a faculdade,um dos motivos que me levou a estudar aqui.

Como nossa matéria em pauta é Filosofia,gostaria de ressaltar aqui minha visão sobre a mesma no currículo de um profissional de direito:

Como a Filosofia estuda as mais variadas formas do saber desde a idade antiga até a contemporânea,é de cunho indispensável ao Direito, até porquê foi ao meu ver de grande peso na construção das normas jurídicas.

sábado, 15 de maio de 2010

Boa Noite, caros colegas,

Para mim, o impacto da ciência em nossas vidas significa que hoje em dia e cada vez mais, vivemos numa “sociedade tecnológica”. A verdade é que a ciência traz vantagens e desvantagens, posto que com o avanço da tecnologia nos é oferecida melhores condições de vida, que nos permite ultrapassar algumas dificuldades. Entretanto, é preciso limitar este progresso tecnológico e científico, pois estes sem limite vão contra valores humanos.

A verdade é que a ciência nos oferece bens e descobertas necessárias ao ser humano, como a cura de uma doença rara, o remédio que sara, mas na contramão, permite a fabricação de armas nucleares e mais longe, a criação de situações que podem permitir a destruição do ser humano.

Alexandre Ramos dos Santos

apresentação

Boa noite a todos,
Meu nome é Alexandre Ramos dos Santos. Primeiramente, gostaria de registrar que o blog ficou muito legal.Para mim, o curso de Direito é a visão de todos os ângulos da sociedade, da política, da igualdade e principalmente da desigualdade, ou seja, o direito é nosso dia-a-dia. É saber lutar constantemente pelo justo.
Um abraço a todos.


Galileu Galilei e René Descartes que tiveram importância para a formulação desta nova filosofia, a qual se constituiria em uma base para o paradigma científico que se instalaria no ambiente intelectual europeu pouco mais de um século depois – o paradigma ilustrado. A intenção principal é identificar superficialmente o impacto – no campo científico – da substituição da autoridade da tradição pela autoridade da experimentação e demonstração, que será uma das bases para formulações posteriores acerca do progresso, ou seja, das idéias segundo as quais a sociedade se move inexoravelmente para uma situação “superior” aquela na qual outrora estivera. A intenção secundária é relacionar algumas trajetórias pessoais, peripécias, com o movimento geral conhecido como Revolução Científica, chamando atenção para a possibilidade de ler a História também como resultado de movimentos imprevistos dos seus agentes.


Aline fernanda 2º periodo de direito

domingo, 9 de maio de 2010

Idade Média para a Moderna.

O Renascimento foi um importante movimento de ordem artística, cultural e científica que se deflagrou na passagem da Idade Média para a Moderna. Em um quadro de sensíveis transformações que não mais correspondiam ao conjunto de valores apregoados pelo pensamento medieval, o renascimento apresentou um novo conjunto de temas e interesses aos meios científicos e culturais de sua época. Ao contrário do que possa parecer, o renascimento não pode ser visto como uma radical ruptura com o mundo medieval.










As obras renascentistas foram marcadas pela riqueza de detalhes e a reprodução de traços humanos.

A razão, de acordo com o pensamento da renascença, era uma manifestação do espírito humano que colocava o indivíduo mais próximo de Deus. Ao exercer sua capacidade de questionar o mundo, o homem simplesmente dava vazão a um dom concedido por Deus (neoplatonismo). Outro aspecto fundamental das obras renascentistas era o privilégio dado às ações humanas ou humanismo. Tal característica representava-se na reprodução de situações do cotidiano e na rigorosa reprodução dos traços e formas humanas (naturalismo). Esse aspecto humanista inspirava-se em outro ponto-chave do Renascimento: o elogio às concepções artísticas da Antiguidade Clássica ou Classicismo.

Essa valorização das ações humanas abriu um diálogo com a burguesia que floresceu desde a Baixa Idade Média. Suas ações pelo mundo, a circulação por diferentes espaços e seu ímpeto individualista ganharam atenção dos homens que viveram todo esse processo de transformação privilegiado pelo Renascimento. Ainda é interessante ressaltar que muitos burgueses, ao entusiasmarem-se com as temáticas do Renascimento, financiavam muitos artistas e cientistas surgidos entre os séculos XIV e XVI. Além disso, podemos ainda destacar a busca por prazeres (hedonismo) como outro aspecto fundamental que colocava o individualismo da modernidade em voga.


A aproximação do Renascimento com a burguesia foi claramente percebida no interior das grandes cidades comerciais italianas do período. Gênova, Veneza, Milão, Florença e Roma eram grandes centros de comércio onde a intensa circulação de riquezas e idéias promoveram a ascensão de uma notória classe artística italiana. Até mesmo algumas famílias comerciantes da época, como os Médici e os Sforza, realizaram o mecenato, ou seja, o patrocínio às obras e estudos renascentistas. A profissionalização desses renascentistas foi responsável por um conjunto extenso de obras que acabou dividindo o movimento em três períodos: o Trecento, o Quatrocento e Cinquecento. Cada período abrangia respectivamente uma parte do período que vai do século XIV ao XVI.





Durante o Trecento, podemos destacar o legado literário de Petrarca (“De África” e “Odes a Laura”) e Dante Alighieri (“Divina Comédia”), bem como as pinturas de Giotto di Bondoni (“O beijo de Judas”, “Juízo Final”, “A lamentação” e “Lamento ante Cristo Morto”). Já no Quatrocento, com representantes dentro e fora da Itália, o Renascimento contou com a obra artística do italiano Leonardo da Vinci (Mona Lisa) e as críticas ácidas do escritor holandês Erasmo de Roterdã (Elogio à Loucura).

Na fase final do Renascimento, o Cinquecento, movimento ganhou grandes proporções dominando várias regiões do continente europeu. Em Portugal podemos destacar a literatura de Gil Vicente (Auto da Barca do Inferno) e Luís de Camões (Os Lusíadas). Na Alemanha, os quadros de Albercht Dürer (“Adão e Eva” e “Melancolia”) e Hans Holbein (“Cristo morto” e “A virgem do burgomestre Meyer”). A literatura francesa teve como seu grande representante François Rabelais (“Gargântua e Pantagruel”). No campo científico devemos destacar o rebuliço da teoria heliocêntrica defendida pelos estudiosos Nicolau Copérnico, Galileu Galilei e Giordano Bruno. Tal concepção abalou o monopólio dos saberes desde então controlados pela Igreja.



Ao abrir o mundo à intervenção do homem, o Renascimento sugeriu uma mudança da posição a ser ocupada pelo homem no mundo. Ao longo dos séculos posteriores ao Renascimento, os valores por ele empreendidos vigoraram ainda por diversos campos da arte, da cultura e da ciência. Graças a essa preocupação em revelar o mundo, o Renascimento suscitou valores e questões que ainda se fizeram presentes em outros movimentos concebidos ao logo da história ocidental.